COTIDIANO

O Casco da Tartaruga

Assim como eu, acredito que a maioria das pessoas tem o mesmo sentimento quando olha uma tartaruga: Pena, dó, piedade.
Não nos parece um sofrimento sem fim? Dá a impressão que ela é um animal que nasceu dentro de uma lajota, e que conseguiu soltar os bracinhos e as perninhas e que se arrasta, sem alegria, condenada a carregar a casa nas costas, 24 horas por dia.
 Nós também, seres humanos, ao menos em alguns momentos da nossa vida nos sentimos exatamente como a tartaruga. Cansados, fadados a carregar o mundo nas costas, lastimando pelo enorme sofrimento a nós imposto.
 E pior, queremos nos livrar do nosso “casco”, no caso, as características que julgamos defeituosas. Fazemos terapia, nos medicamos, muitas vezes para nos moldarmos. E fazemos isso até mesmo com nossos corpos, queremos estar no padrão.
 Uma amiga me disse que acha legal as mulheres que fazem lipo-escultura, que põe silicone e tal, a única coisa chata é que ficam todas iguais, com uma perfeição padrão.
 Evidentemente precisamos melhorar a cada dia, superar nossas limitações, deixar para trás nossas más condutas, sermos pessoas melhores.
 No entanto, a exemplo da tartaruga, talvez aquilo que julgamos como defeito, seja nossa principal característica, o que nos faz único e, portanto diferente.
 Já pensou se todos tentassem melhorar as tartarugas e para facilitar suas vidas removessem seu casco? O que aconteceria? Certamente ao invés de viverem livres e fagueiras, morreriam.
 O seu casco, ou aquilo que lhe atrapalha é na verdade sua maior força e sua real segurança.
 Então, o jeito é aprendermos a conviver com a gente mesmo, nos adaptando, evoluindo, mas respeitando quem realmente somos, afinal, verdadeiras são as amizades e os amores que sabem respeitar isso e não aqueles que exigem que sejamos quem não somos e escolhem arrancar nosso casco.
Claudemir Batista de Souza
Gestor Público do Município de Terra Boa


 
 Valeu Fenômeno!!!



           Nesta terça-feira no Estádio do Pacaembu/SP, despediu-se da seleção brasileira, o maior artilheiro das Copas: Ronaldo Luís Nazário de Lima, o “Ronaldinho” no início da carreira, também o “Ronaldo Fenômeno” que surgiu no Barcelona.

           Vestindo a camisa 9 sua marca registrada, nos 15 minutos de despedida, Ronaldo Fenômeno teve três lances de oportunidades para o gol que não aconteceu. Após o jogo, com a vitória de 1 a 0 sobre a Romênia, gol de Fred, Ronaldo Fenômeno agradece a homenagem a todos, bem como um pedido de desculpas “por não ter conseguido marcar gol”.

          A emoção estampada em cada torcedor no jogo de ontem foi contagiante, que me atrevo a dizer que o gol por tantos esperado, não fez falta!

          Nosso agradecimento a você que tanto fez pelo futebol brasileiro.

Sílvia Castilho






       É melhor TER ou SER?

Durante toda a minha vida, me pressionei tentando me convencer de que estava errado por acreditar que para ser feliz seria necessário ter algum dinheiro, já que ouvia várias pessoas dizendo contrário. 
No entanto, comecei a perceber que estas pessoas que pregam uma vida desgarrada de bens materiais, em 99,99% dos casos têm muito dinheiro. 
Pessoas que se dão ao luxo de largar os empregos e viajar o mundo “sem dinheiro”, no entanto, com cartão de crédito sem limite no bolso, ou ainda aqueles que abandonam as cidades poluídas em busca de ar puro, normalmente em casas fantásticas com uma ampla varanda com vista para o mar ou para a mata atlântica. 
Até mesmo moralmente somos pressionados a acreditar que devemos abrir mão de conquistar dinheiro. 
Felizmente, tive a oportunidade de conhecer o trabalho de uma terapeuta americana radicada no Brasil, Susan Andrews. E como ela me aliviou! 
Afirmou categoricamente que para sermos felizes precisamos sim nos cercar de alguma estabilidade. Não dá para ser alegre sendo despejado de casa, ou não tendo como dar um presente ao filho, ou ainda não tendo como pagar um restaurante para quem ama. 
Isso é comprovado em um estudo chamado a “Curva da Felicidade” o qual mostra como a melhora da condição de vida anda ao lado do nosso nível de felicidade. 
Ainda assim, é evidente que as melhores coisas não têm preço: a fé, a saúde, a paz de espírito e estas são muito maiores do que o dinheiro que a gente quer ganhar. 
O que devemos evitar é por o dinheiro no centro de tudo, a grande meta, o grande objetivo. O mesmo estudo mostra que a ganância desfreada é destrutiva, traz tristezas e solidão. 
O ideal é o equilíbrio. 
Então, agora com a consciência tranqüila vou poder me dedicar a melhorar meu padrão de vida, apenas ainda não descobri como. 
 Claudemir Batista de Souza
Gestor Público do Município de Terra Boa