RELACIONAMENTO


        Relacionar-se...

Aproxima-se a data dedicada, no Brasil, ao “Dia dos Namorados”, 12 de junho. Um bom momento para refletirmos sobre “Relacionamentos”...

Gramaticalmente, “relacionamento” tem a ver com “estar em relação”, “colocar-se em relação”; mas isto não é suficiente para entendermos seu alcance. Para tal não precisamos ir muito longe, pois basta olhar para nós mesmos, seres em constante relacionamento.

Relacionar-se pressupõe duas atividades importantes do nosso espírito humano: “estar aberto” e “ir ao encontro”.

Abrir-se ao outro é condição sine qua non para que aconteça qualquer tipo de relacionamento. Essa abertura é o passo primordial, pois dá acesso à acolhida do outro, seja esse outro Deus, o próximo ou a própria criação. No entanto é necessário dar um segundo passo, para não ficarmos na passividade...

Ir ao encontro demonstra a dimensão da ação, do desejo concreto em “estar com”, da antecipação da vontade de acolher.

Relacionamento é arte!

Mas nem tudo são flores!

Vinícius de Moraes, “o poetinha”, sintetizou muito bem a arte do relacionamento ao escrever o seguinte pensamento: “A vida é a arte dos encontros, embora hajam tantos desencontros”.

De fato, relacionar-se não é tarefa tão simples. Muitos percalços aparecem durante um bom relacionamento, mas é por este motivo que não podemos desesperar (perder as esperanças!) por causa desses percalços. “Estar aberto (através do diálogo) e Ir ao encontro (buscando a reconciliação)” são duas fórmulas que podem ajudar a manter sadio e equilibrado tal relacionamento.

Que neste dia dos namorados, que se aproxima, possamos fortalecer ainda mais nossos relacionamentos de forma sadia e nos enamorarmos ainda mais pela pessoa de nosso(a) amado(a), através de gestos que demonstrem “abertura e desejo de estar com”.

A todos nós, de alguma forma ou de outra...

Feliz dia dos E-Namorados!!!




Vicente Beur Miranda Lima
Mestre em Filosofia pela PUC - SP



Origem do Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados começou a ser celebrado no século III. Na época, o imperador de Roma, Cláudio II, queria que os homens se alistassem como soldados voluntários para a guerra, mas em função da família e dos filhos, o número de alistamento era muito baixo. Observando isso, o imperador decretou uma lei que proibia o casamento, sob pena de morte para quem descumprisse a ordem.

Os jovens namorados ficaram revoltados com a determinação de Cláudio, bem como o sacerdote Valentim que passou a celebrar os casamentos clandestinamente. Numa determinada noite, os soldados surpreenderam o sacerdote durante a celebração de um casamento. Os noivos conseguiram escapar, mas Valentim foi preso e condenado a morte.

Durante os dias em que esteve aprisionado, vários apaixonados passavam pela janela da cela do sacerdote e jogavam flores e mensagens dizendo “acreditar no poder do amor”. Uma das jovens, filha do carcereiro conseguia visitar Valentim. No dia de sua execução, o condenado agradeceu as conversas com a amiga através de uma carta, fazendo com que muitos acreditassem que ele havia se apaixonado pela moça. Essa mensagem teria iniciado a prática dos namorados de trocarem mensagens de amor. A execução do sacerdote aconteceu no dia 14 de fevereiro do ano de 269, data em que passou a ser comemorado o Dia dos Namorados ou para outros como nos Estados Unidos o Vanlentine s’ day.

 No Brasil a data é comemorada no dia 12 de junho, às vésperas do Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro por mera coincidência. Tudo começou em 1949, com uma campanha do publicitário João Dória que para melhorar as vendas de junho, mês considerado o mais fraco para o comércio, Dória instituiu a data com o slogan “Não é só de beijos que se prova o amor”. Para felicidade dos comerciantes a moda ‘pegou’ e no ano seguinte passou a se comemorar o dia 12 de junho como sendo o Dia dos Namorados no Brasil.

Fonte: http://www.cancaonova.com/ (Padre Luizinho)