RELIGIÃO



              Vivat Cor Iesu,
            Per Cor Mariae!

Irmãos e irmãs, bem vindos ao Terralife! É a primeira vez que escrevo para este espaço aberto recentemente no universo online. A ocasião não poderia ser mais propícia para nossa primeira reflexão: no próximo domingo celebraremos, com toda Igreja, a solenidade de S. Pedro e S. Paulo, dia do Papa. Sobre esta figura queremos nos deter agora.
Lemos na constituição dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, do Concílio Vaticano II: “o Romano Pontífice (o Papa), como sucessor de Pedro, é o princípio e o fundamento perpétuo e visível da unidade, quer dos bispos, quer da multidão dos fiéis” [1]. Aqui, vemos brevemente exposta parte da fé católica acerca do ministério petrino, o ministério da unidade.
Se quisermos ser católicos – e ninguém é obrigado a isto – nos reuniremos em torno do Santo Padre. É isso que nos diz nossa fé. O Papa é o fundamento visível e eterno da unidade da Igreja. Pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo que o escolheu para esta função (e não pelos méritos da pessoa que a desempenha) confiantemente nos unimos em torno do Santo Padre aderindo a ele em matéria de fé e de moral. É a figura do Papa que nos mantém uma só Igreja. Quem acha isso desnecessário pode ver como as outras comunidades eclesiais cristãs se dividiram ao longo dos últimos cinco séculos (hoje são milhares). Enquanto isso, a barca de Pedro segue seu rumo no meio da tempestade que agita o mar...
Concretamente, temos hoje na cátedra de Pedro o grande Bento XVI: é incrível como ainda se encontra quem diga: “não gosto deste Papa”; “acho que ele deveria ser mais tolerante”... Ao mesmo tempo, não se admira (nem um pouco) que essas mesmas pessoas, habitualmente, nunca leram nenhum parágrafo sequer do que este extraordinário homem escreveu – se é que leram alguma encíclica, documento ou mesmo qualquer parágrafo do Catecismo da Igreja... Sem dúvida nenhuma é muito fácil amá-lo. Mas, para isso, é preciso conhecê-lo. E para conhecê-lo é preciso sair da TV e ler um pouco [2].
Paradoxalmente, Bento XVI é um dos homens mais odiados do mundo. Simplesmente porque, num ambiente onde tudo é considerado como relativo, ele tem a coragem de proclamar que a Verdade existe, se revelou a nós em Jesus Cristo e não está à venda. E, já que não é possível vencê-lo no campo dos argumentos (tente você mesmo fazê-lo), é preciso destruir sua imagem. Cá entre nós, isso foi muito bem feito... Enquanto se pintava a sua imagem como um verdadeiro coronel nazista, ele, Joseph Ratzinger, era o único cardeal que tinha um fã clube de jovens – os Ratzinger Boys... Não parece que alguém tão ruim fosse capaz de reunir os jovens em torno de si. Entendemos, assim, porque ficamos atônitos do lado de cá do Atlântico, enquanto os jovens faziam uma enorme festa no meio da multidão que se reuniu na Praça de S. Pedro para acompanhar o conclave, quando este senhor apareceu pela primeira vez como Sumo Pontífice.
Ao Santo Padre, o Papa Bento XVI, nosso pastor maior, nossa admiração, gratidão, amor filial e oração para que, pela intercessão de S. Pedro, seja fiel à sua vocação e não traia o Evangelho capitulando no combate pela Verdade.

Fr. Lucas Luís Matheus de Mello, scj
 Acadêmico do curso de Teologia


[1] LG 23; citado no Catecismo da Igreja católica, n. 882. Disponível     em:http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19641121_lumen-gentium_po.html

[2] Altamente recomendada a leitura do artigo: “Bento XVI, o mártir da imprensa”, disponível em http://reporterdecristo.com/bento-xvi-o-martir-da-imprensa









                  
               Festa de Corpus Christi


Nesta quinta-feira 23 de junho, a Igreja Católica comemora o “Dia de Corpus Christi”, ou seja: o “Dia do Corpo de Cristo”.

A celebração teve origem na Bélgica no século XIII, quando a Freira Juliana de Mont Cornillon teria tido visões em que Cristo pedia uma celebração litúrgica anual do Mistério da Eucaristia.

Quando o Padre Pedro de Praga foi celebrar uma missa na Cripta de Santa Cristina em Bolsena, Itália, ao consagrar a hóstia começou a cair gotas de sangue sobre o corporal. Ao saber do milagre, o Papa Urbano IV, ordenou que fossem levadas as relíquias de Bolsena a Orvieto, o que foi feito em procissão.

Ao encontrar a procissão na entrada de Orvieto, o Papa teria pronunciado: “Corpus Christi”.  Tendo depois, emitido a bula “Transiturus de mundo”, onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra ao Corpo do Senhor.

A partir da confirmação da Bula de Urbano IV realizada pelo Papa Clemente V e mais tarde a oficialização de João Paulo XXII de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos cinqüenta dias após a Solenidade de Pentecostes; na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. A celebração tem início com a missa, seguida da procissão pelas ruas da cidade e encerra com benção do Santíssimo.

Em muitos lugares criou-se a tradição de enfeitar as ruas com tapetes ornamentados para a passagem do Santíssimo. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus que é peregrino em busca da Terra prometida que no Antigo Testamento foi alimentado com o Maná no deserto e hoje é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

 Fonte: cancaonova.com
(Prof. Felipe Aquino)












  
                                    PENTECOSTES

          “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos dos Apóstolos).

No Pentecostes desce o Espírito e nasce a Igreja. A Igreja é a comunidade daqueles que “renasceram do alto”, “da água e do Espírito”. Direcionado àqueles que aderem livremente e optam por essa nova vida proposta, a estes que aceitam essa nova identidade.
A Igreja comemora o envio do Espírito Santo a partir da Ascensão de Cristo, em que os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física daquele que os catequizava. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua sendo presente na Igreja, que é a dispensadora da sua missão no mundo.
Sendo assim, antes de tudo a comunidade cristã não é o resultado da livre decisão dos crentes; em sua origem há primariamente a gratuita iniciativa do Amor de Deus, que oferece o Dom do Espírito Santo.
Esta ação gratuita em que o cristão é chamado por livre decisão faz sua experiência com liberdade a graça daqueles que recebem a força do alto. O assentimento da fé a este Dom de amor é resposta à graça e, ele mesmo, é suscitado pela graça.
Deste modo, a celebração da efusão do Espírito Santo é o próprio Pentecostes. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.
Portanto, sem demora após o envio do Espírito Santo todos os agraciados por sua presença é convidado a anunciar aos outros. Tendo com exemplo sua vida que está abrasada fortemente por tal presença. Em uma só voz “Vem Espírito Santo!” 

Postulante Otávio Silva
Bacharel em Filosofia